

O Semeador
O trabalho do semeador é colocar a semente no solo. Uma vez que
a semente for deixada no celeiro, nunca produzirá uma safra, por isso seu
trabalho é importante. Mas a identidade pessoal do semeador não é. O semeador
nunca é chamado pelo nome nesta história. Nada nos é dito sobre sua
aparência, sua capacidade, sua personalidade ou suas realizações. Ele
simplesmente põe a semente em contato com o solo. A colheita depende da
combinação do solo com a semente.
Aplicando-se espiritualmente, os seguidores de Cristo devem
estar ensinando a palavra. Quanto mais ela é plantada nos corações dos
homens, maior será a colheita. Mas a identidade pessoal do professor não tem
importância. "Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus.
De modo que nem o que planta é alguma cousa, nem o que rega, mas Deus que dá o
crescimento" (1 Coríntios 3:6-7). Em nossos dias, o semeador tornou-se
a figura principal e a semente é bastante esquecida. A propaganda das campanhas
religiosas freqüentemente contém uma grande fotografia do orador e dá grande
ênfase ao seu nível escolar, sua capacidade pessoal e o desenvolvimento de sua
carreira; o evangelho de Cristo que ele supõe-se estar pregando é mencionado
apenas naquelas letrinhas, lá no canto. Não devemos exaltar os homens, mas
fixarmo-nos completamente no Senhor.
A Semente
A semente é a Palavra de Deus. Cada conversão é o resultado
do assentamento do evangelho dentro de um coração puro. A palavra gera (Tiago
1:18), salva (Tiago 1:21), regenera (1 Pedro 1:23), liberta (João 8:32), produz
fé (Romanos 10:17), santifica (João 17:17) e nos atrai a Deus (João 6:44-45).
Como o evangelho se espalhava no primeiro século, foi-nos dito muito pouco
sobre os homens que o divulgaram, porém muito nos foi dito sobre a mensagem que
eles disseminaram (estude o livro de Atos e note que em cada cidade para onde os
apóstolos viajaram, os homens eram convertidos como resultado da palavra que
era ensinada). A importância das Escrituras deve ser ressaltada ao máximo.

Aqui há uma lição para o ouvinte também. O fruto produzido
depende da resposta à Palavra. É decisivamente importante ler, estudar e
meditar sobre as Escrituras. A palavra tem que vir habitar em nós (Colossenses
3:16), para ser implantada em nosso coração (Tiago 1:21). Temos que permitir
que nossas ações, nossas palavras e nossas próprias vidas sejam formadas e
moldadas pela palavra de Deus.
Uma safra sempre depende da natureza da semente, não do tipo da
pessoa que a plantou. Um pássaro pode plantar uma castanha: a árvore que
nascer será um castanheiro, e não um pássaro. Isto significa que não é
necessário tentar traçar uma linhagem ininterrupta de fiéis cristãos,
recuando até o primeiro século. Há força e autoridade próprias da palavra
para produzir cristãos como aqueles do tempo dos apóstolos. A palavra de Deus
contém força vivificante. O que é necessário é homens e mulheres que
permitam que a palavra cresça e produza frutos em suas vidas; pessoas com
coragem para quebrar as tradições e os padrões religiosos em volta deles,
para simplesmente seguir o ensinamento da Palavra de Deus. Hoje em dia, a
palavra de Deus tem sido freqüentemente misturada com tanta tradição,
doutrina e opinião que é quase irreconhecível. Mas se pusermos de lado todas
as inovações dos homens e permitirmos que a palavra trabalhe, podemos
tornar-nos fiéis discípulos de Cristo justamente como aqueles que seguiram
Jeus a mais de 2000 anos atrás. A continuidade depende da semente.
Os Solos
É perturbador notar que a mesma semente foi plantada em cada
tipo de solo, mas os resultados foram muito diferentes. A mesma palavra de Deus
pode ser plantada em nossos dias; mas os resultados serão determinados pelo
coração daquele que ouve.
Alguns são solo de beira de estrada, duro, impermeável. Eles
não têm uma mente aberta e receptiva para permitir que a palavra de Deus os
transforme. O evangelho nunca transformará corações como estes porque eles
não lhe permitem entrar.

Quando se permite que ervas daninhas cresçam junto com a
semente pura, nenhum fruto pode ser produzido. As ervas disputam a água, a luz
solar e os nutrientes e, como resultado, sufocam a boa planta. Existe uma grande
tentação a permitir que interesses mundanos dominem tanto nossa vida que não
nos resta energia para devotar ao crescimento do evangelho em nossas vidas.
Então, há o bom solo que produz fruto. A conclusão desta
parábola é deixada para cada um escrever. Que espécie de solo você é?
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